Foi numa tarde dourada
Deslizando com muita alegria
Dois bracinhos desajeitados
Remam fazendo folia
Maõzinhas impotentes que comandam
A nossa pretensa fantasia
In su' vespri giocondi, dolcemente
Sul lago tranquillissimo voghiamo,
Da delicate mani facilmente
Son mossi i remi, e alla ventura andiamo,
E pel timon che incerto fende l'onda
Va la barchetta errante e vagabonda.
Ah, trio cruel que em tal momento
Sob o impacto das estações do sonho
Pede um fraco sorriso ou alento
Que mal pode agitar a pena ao vento
Mas de que serve a voz fraca e sentida
Contra a força de três línguas unidas?
Mentre oppresso dal sonno, in luminose
Visioni il mio pensiero vaneggiava,
Mi destaron tre voci armonïose
Chiedendomi un Racconto! Io non osava
Fare il broncio severo ed il ribelle
A tre bocche di rose,—a tre donzelle!
A primeira imperiosa se adianta
Cuja força exige o início
Em tons mais suaves a segunda espera
"Não tem senso nisto."
E a terceira interrompe o ato
Não mais que a cada minuto.
La Prima, con la voce di comando,
Fieramente m'impone "Cominciate!"
La Seconda mi dice "Io ti domando
Un racconto di silfidi e di fate."
La Terza (io non l'avrei giammai creduto),
M'interrompe una volta ogni minuto.
Ocultos, num silêncio repentino
Na fantasia que perseguem
O sonho de criança para terras distantes
Perseguindo o selvagem e alegre
Em conversa amiga com animais ou pássaros
Vivendo meias verdades adrede.
Eccole! ferme, attente, silenziose,
Seguire con l'accesa fantasia
La Fanciulla vagante in portentose
Regïoni di sogni e poesia,
Che con bestie ed uccelli ognor favella,
E con forma del Ver l'Errore abbella.
E como nunca antes história vista
Secam os poços da fantasia
E aquele que se cansa, que pouco se esforçou
Para apresentar o assunto do dia
"O descanso na próxima vez-" "É a próxima vez!"
Diz uma voz com grande alegria
La Storia non toccava ancora il fine
E appariva di già confusa e incolta;
Allor pregai le care fanciulline
Di finir la novella un'altra volta,
Ma risposer più vispe e più raggianti,
"No, questa è la tua volta! Avanti, avanti!"
Assim nasceu o País das Maravilhas
Bem devagar, bem lentamente
Sendo todos os episódios gerados
E terminados, ininterruptamente.
E para casa vamos, cantando felizes
Sob o sol garboso e quente.
E così le Avventure raccontai
Ad una ad una alle fanciulle amate,
Ed or questa novella ne formai
Ch'è un tessuto di favole accozzate;—
Ma il Sol già volge al suo tramonto, andiamo!
Alla sponda! alla sponda, orsù, voghiamo!—
Alice! Ouça esta história infantil
Que com suaves contornos são criados
Guarde-a no campo mágico da memória
Onde todos os sonhos de criança são lançados
Que como flores desfeitas do peregrino
Em uma terra distante foram gerados.
O Alice, accogli questa mia Novella,
E fra i sogni d'infanzia la riponi,
Deh! fanne d'essa una ghirlanda bella,
E sulla tua memoria la deponi,
Qual pellegrin che serba un arso fiore
Di suol lontano, e lo tien stretto al côre!—
Alice estava começando a ficar muito cansada de sentar-se ao lado de sua irmã no banco e de não ter nada para fazer: uma ou duas vezes havia espiado o livro que a irmã estava lendo, mas não havia imagens nem diálogos nele, "e para que serve um livro", pensou Alice, "sem imagens nem diálogos?"
Alice cominciava a sentirsi assai stanca di sedere sul poggetto accanto a sua sorella, senza far niente: aveva una o due volte data un’occhiata al libro che la sorella stava leggendo, ma non v’erano né dialoghi né figure, — e a che serve un libro, pensò Alice, — senza dialoghi né figure?
Então, ela pensava consigo mesma (tanto quanto podia, uma vez que o dia quente a fazia sentir-se sonolenta e letárgica) se o prazer de fazer uma coroa de margaridas valeria o trabalho de se levantar e apanhá-las, quando repentinamente um Coelho Branco com olhos rosados passou correndo perto dela.
E si domandava alla meglio, (perché la canicola l’aveva mezza assonnata e istupidita), se per il piacere di fare una ghirlanda di margherite mettesse conto di levarsi a raccogliere i fiori, quand’ecco un coniglio bianco dagli occhi rosei passarle accanto, quasi sfiorandola.
Não havia nada de tão extraordinário nisso; nem Alice achou assim tão fora do normal ouvir o Coelho dizer para si mesmo: —"Oh, céus! Oh, céus! Irei me atrasar!" (quando refletiu sobre isso depois, ocorreu-lhe que deveria ter reparado nisso, mas à hora tudo lhe pareceu bastante natural); mas quando o Coelho efetivamente tirou um relógio do bolso do colete e olhou para ele, se apressando, Alice pôs-se de pé porque lhe relampagueou pela cabeça que nunca tivera visto antes um coelho nem com um bolso de colete, nem com um relógio para tirar dele e, ardendo de curiosidade, correu através do campo atrás dele e felizmente chegou bem a tempo de o ver pular para dentro de uma grande toca de coelho debaixo da cerca.
Non c’era troppo da meravigliarsene, né Alice pensò che fosse troppo strano sentir parlare il Coniglio, il quale diceva fra se: “Ohimè! ohimè! ho fatto tardi!” (quando in seguito ella se ne ricordò, s’accorse che avrebbe dovuto meravigliarsene, ma allora le sembrò una cosa naturalissima): ma quando il Coniglio trasse un orologio dal taschino della sottoveste e lo consultò, e si mise a scappare, Alice saltò in piedi pensando di non aver mai visto un coniglio con la sottoveste e il taschino, nè con un orologio da cavar fuori, e, ardente di curiosità, traversò il campo correndogli appresso e arrivò appena in tempo per vederlo entrare in una spaziosa conigliera sotto la siepe.
Logo depois Alice desceu atrás dele, em momento algum considerando como faria para sair de novo.
Un istante dopo, Alice scivolava giù correndogli appresso, senza pensare a come avrebbe fatto poi per uscirne.
A toca do coelho era estreita como um túnel no começo e então se inclinava subitamente para baixo, tão subitamente que Alice não teve nem tempo de pensar em parar antes de ver-se caindo em um poço bem profundo.
La buca della conigliera filava dritta come una galleria, e poi si sprofondava così improvvisamente che Alice non ebbe un solo istante l’idea di fermarsi: si sentì cader giù rotoloni in una specie di precipizio che rassomigliava a un pozzo profondissimo.
Ou o poço era muito profundo, ou ela caiu muito lentamente, pois teve tempo o bastante enquanto caia para olhar ao seu redor e se perguntar o que aconteceria em seguida. Primeiro, tentou olhar para baixo e descobrir para onde estava indo, mas estava escuro demais para ver qualquer coisa; então, ela olhou para as laterais do poço e percebeu que elas estavam repletas de armários e prateleiras de livros; aqui e ali ela viu mapas e quadros pendurados. Ela tirou uma jarra de uma das prateleiras enquanto passava; a jarra estava rotulada como "GELÉIA DE LARANJA", mas para sua grande decepção, ela estava vazia: Ela não quis soltar a jarra por medo de matar alguém, então deu um jeito de colocá-la em um dos armários enquanto passava por um.
Una delle due: o il pozzo era straordinariamente profondo o ella ruzzolava giù con grande lentezza, perchè ebbe tempo, cadendo, di guardarsi intorno e di pensar meravigliata alle conseguenze. Aguzzò gli occhi, e cercò di fissare il fondo, per scoprire qualche cosa; ma in fondo era buio pesto e non si scopriva nulla. Guardò le pareti del pozzo e s’accorse che erano rivestite di scaffali di biblioteche; e sparse qua e là di mappe e quadri, sospesi a chiodi. Mentre continuava a scivolare, afferrò un barattolo con un’etichetta, lesse l’etichetta: “Marmellata d’Arance” ma, ohimè! con sua gran delusione, era vuoto; non volle lasciar cadere il barattolo per non ammazzare chi si fosse trovato in fondo, e quando arrivò più giù, lo depose su un altro scaffale.
"Bem!", pensou Alice consigo mesma. "Depois de uma queda como essa, eu não devo mais me preocupar em tropeçar das escadas! Como todos irão me achar corajosa lá em casa! Bem, eu não diria nada sobre isso, mesmo se caísse do telhado da casa!" (O que era provavelmente verdade.)
“Bene, — pensava Alice, — dopo una caduta come questa, se mai mi avviene di ruzzolare per le scale, mi sembrerà meno che nulla; a casa poi come mi crederanno coraggiosa! Anche a cader dal tetto non mi farebbe nessun effetto!” (E probabilmente diceva la verità).
Caindo, caindo, caindo. A queda nunca chegaria ao fim? — "Me pergunto quantas milhas eu caí nesse tempo?" falou em voz alta. — "Eu devo estar chegando a algum lugar perto do centro da Terra. Deixe-me ver: isso seria quatro mil milhas para baixo, eu acho--" (pois, veja você, Alice aprendera várias coisas desse tipo nas lições da escola e, mesmo que essa não fosse uma oportunidade muito boa para demonstrar seu conhecimento — já que não tinha ninguém lá para escutá-la, ainda assim, era bom repetir para praticar) "-- Sim, essa é aproximadamente a distância certa -- mas então eu me pergunto, em qual Latitude ou Longitude eu cheguei?" (Alice não tinha idéia do que era Latitude ou Longitude, mas achou que essas eram boas palavras grandes para se falar.)
E giù, e giù, e giù! Non finiva mai quella caduta? — Chi sa quante miglia ho fatte a quest’ora? — esclamò Alice. — Forse sto per toccare il centro della terra. Già saranno più di quattrocento miglia di profondità. — (Alice aveva apprese molte cose di questa specie a scuola, ma quello non era il momento propizio per sfoggiare la sua erudizione, perchè nessuno l’ascoltava; ma ad ogni modo non era inutile riandarle mentalmente.) — Sì, sarà questa la vera distanza, o press’a poco,... ma vorrei sapere a qual grado di latitudine o di longitudine sono arrivata. (Alice veramente, non sapeva che fosse la latitudine o la longitudine, ma le piaceva molto pronunziare quelle parole altisonanti!)
Logo ela começou de novo. — "Imagino se cairei através da Terra! Como vai parecer engraçado sair no meio de pessoas que andam de cabeça para baixo! Os Antipáticos, eu acho--" (ela ficou mais contente por não haver ninguém escutando, dessa vez, pois essa não parecia mesmo a palavra correta) "-- mas eu deverei perguntar a eles qual é o nome do país, sabe. Por favor, senhora, essa é a Nova Zelândia ou a Austrália?" (E ela tentou reverenciar enquanto falava -- reverência pomposa a medida que está caindo pelo ar! Você acha que conseguiria?) "E que garota pequena e ignorante ela vai me achar por perguntar! Não, não vai dar para perguntar: talvez eu veja escrito em algum lugar."
Passò qualche minuto e poi ricominciò: — Forse traverso la terra! E se dovessi uscire fra quelli che camminano a capo in giù! Credo che si chiamino gli Antitodi. — Fu lieta che in quel momento non la sentisse nessuno, perchè quella parola non le sonava bene... — Domanderei subito come si chiama il loro paese... Per piacere, signore, è questa la Nova Zelanda? o l’Australia? — e cercò di fare un inchino mentre parlava (figurarsi, fare un inchino, mentre si casca giù a rotta di collo! Dite, potreste voi fare un inchino?). — Ma se farò una domanda simile mi prenderanno per una sciocca. No, non la farò: forse troverò il nome scritto in qualche parte.
Caindo, caindo, caindo. Não havia mais nada para fazer, então Alice logo começou a falar de novo. — "Diná vai sentir muito a minha falta esta noite, eu acho!" (Diná era sua gata). "Eu espero que eles se lembrem do pires de leite dela na hora do chá. Diná, minha querida! Eu queria que você estivesse aqui embaixo comigo! Não há ratos no ar, eu acho, mas você poderia pegar um morcego que é muito parecido com um rato, sabe. Mas será que gatos comem morcegos?" — E aqui Alice começou a ficar um tanto sonolenta e continuou falando para si mesma, de um modo distraído, — "Gatos comem morcegos? Gatos comem morcegos?" e algumas vezes, —"Morcegos comem gatos?", pois, veja, como ela não poderia responder nenhuma das questões, não importava muito o modo como as colocava. Ela sentiu que estava cochilando e começou a sonhar que estava andando de mãos dadas com Diná, falando para ela muito seriamente, — "Agora, Diná, diga-me a verdade: você já comeu um morcego?", quando subitamente, puf! puf!, ela acertou uma pilha de gravetos e folhas secas e a queda havia acabado.
E sempre giù, e sempre giù, e sempre giù! Non avendo nulla da fare, Alice ricominciò a parlare: — Stanotte Dina mi cercherà. (Dina era la gatta). Spero che penseranno a darle il latte quando sarà l’ora del tè. Cara la mia Dina! Vorrei che tu fossi qui con me! In aria non vi son topi, ma ti potresti beccare un pipistrello: i pipistrelli somigliano ai topi. Ma i gatti, poi, mangiano i pipistrelli? — E Alice cominciò a sonnecchiare, e fra sonno e veglia continuò a dire fra i denti: — I gatti, poi, mangiano i pipistrelli? I gatti, poi, mangiano i pipistrelli? — E a volte: — I pipistrelli mangiano i gatti? — perché non potendo rispondere né all’una né all’altra domanda, non le importava di dirla in un modo o nell’altro. Sonnecchiava di già e sognava di andare a braccetto con Dina dicendole con faccia grave: “Dina, dimmi la verità, hai mangiato mai un pipistrello?” quando, patapunfete! si trovò a un tratto su un mucchio di frasche e la caduta cessò.
Alice não estava nem um pouco machucada e ficou de pé num instante: ela olhou para cima, mas estava tudo muito escuro; à frente dela havia outro corredor longo e o Coelho Branco ainda podia ser visto, correndo por ele. Não havia um minuto a perder: Alice seguiu como o vento e foi bem a tempo de ouvi-lo dizer, enquanto virava um canto, — "Oh, minhas orelhas e bigodes, como está ficando tarde!" Ela estava logo atrás dele quando virou o canto, mas já não conseguiu ver o Coelho: ela percebeu que estava em uma sala comprida, baixa, que era iluminada por uma fileira de lâmpadas penduradas no teto.
Non s’era fatta male e saltò in piedi, svelta. Guardò in alto: era buio: ma davanti vide un lungo corridoio, nel quale camminava il Coniglio bianco frettolosamente. Non c’era tempo da perdere: Alice, come se avesse le ali, gli corse dietro, e lo sentì esclamare, svoltando al gomito: — Perdinci! veramente ho fatto tardi! — Stava per raggiungerlo, ma al gomito del corridoio non vide più il coniglio; ed essa si trovò in una sala lunga e bassa, illuminata da una fila di lampade pendenti dalla volta. Intorno intorno alla sala c’erano delle porte ma tutte chiuse. Alice andò su e giù, picchiando a tutte, cercando di farsene aprire qualcuna, ma invano, e malinconicamente si mise a passeggiare in mezzo alla sala, pensando a come venirne fuori.
Havia portas por todos os lados da sala, mas estavam todas trancadas; e quando Alice já havia percorrido um lado e o outro tentando abrir todas as portas, ela andou tristemente para o meio, se perguntando como iria fazer para sair daquele lugar de novo.
A un tratto si trovò accanto a un tavolinetto, tutto di solido cristallo, a tre piedi: sul tavolinetto c’era una chiavetta d’oro. Subito Alice pensò che la chiavetta appartenesse a una di quelle porte; ma ohimè! o le toppe erano troppo grandi, o la chiavetta era troppo piccola.
De repente, encontrou uma pequena mesa de três pernas, toda feita de vidro maciço; não havia nada sobre ela exceto uma pequenina chave dourada e o primeiro pensamento de Alice foi de que ela poderia pertencer a uma das portas da sala; mas, ai! Ou as fechaduras eram muito grandes, ou a chave muito pequena, mas de qualquer modo não abriria nenhuma delas. Porém, em uma segunda olhada, ela achou uma cortina baixa que não havia notado antes e atrás dela havia uma pequena porta de uns quarenta centímetros de altura: ela experimentou a chavinha dourada na fechadura e, para sua grande alegria, serviu!
Il fatto sta che non poté aprirne alcuna. Fatto un secondo giro nella sala, capitò innanzi a una cortina bassa non ancora osservata: e dietro v’era un usciolo alto una trentina di centimetri: provò nella toppa la chiavettina d’oro, e con molta gioia vide che entrava a puntino!
Alice abriu a porta e descobriu que levava a um pequeno corredor, não muito maior do que um buraco de rato: ela se ajoelhou e olhou através da passagem para o mais adorável jardim que você já viu. Como ela ansiou por sair daquela sala escura e perambular por entre aqueles canteiros de flores brilhantes e aquelas fontes frescas, mas ela não conseguia nem passar a cabeça pela porta, "E mesmo se minha cabeça passasse", pensou a pobre Alice, "seria de pouco uso sem meus ombros. Oh, como eu queria poder encolher como uma luneta! Eu acho que poderia se ao menos souber como começar." Pois, veja, tantas coisas fora do rumo tinham acontecido ultimamente, que Alice começou a pensar que poucas coisas eram realmente impossíveis.
Aprì l’uscio e guardò in un piccolo corridoio, largo quanto una tana da topi: s’inginocchiò e scorse di là dal corridoio il più bel giardino del mondo. Oh! quanto desiderò di uscire da quella sala buia per correre su quei prati di fulgidi fiori, e lungo le fresche acque delle fontane; ma non c’era modo di cacciare neppure il capo nella buca. “Se almeno potessi cacciarvi la testa! — pensava la povera Alice. — Ma a che servirebbe poi, se non posso farci passare le spalle! Oh, se potessi chiudermi come un telescopio! Come mi piacerebbe! Ma come si fa?” E quasi andava cercando il modo. Le erano accadute tante cose straordinarie, che Alice aveva cominciato a credere che poche fossero le cose impossibili.
Pareceu ser inútil ficar esperando junto à portinha, então ela voltou para a mesa, na esperança de que poderia encontrar outra chave sobre ela ou, em todo caso, um livro de regras para encolher pessoas como lunetas: dessa vez ela encontrou uma pequena garrafa em cima dela, ("'Que certamente não estava aqui antes", disse Alice), e em volta do gargalo da garrafa havia uma etiqueta de papel, com as palavras "BEBA-ME", impressas com beleza em letras grandes.
Ma che serviva star lì piantata innanzi all’uscio? Alice tornò verso il tavolinetto quasi con la speranza di poter trovare un’altra chiave, o almeno un libro che indicasse la maniera di contrarsi come fa un cannocchiale: vi trovò invece un’ampolla, (e certo prima non c’era, — disse Alice), con un cartello sul quale era stampato a lettere di scatola: “Bevi.”
Parecia tudo bem em dizer "Beba-me", mas a sábia pequena Alice não iria fazer isto com pressa. — "Não, vou olhar primeiro", ela falou, "e ver se está marcado em algum lugar 'veneno' ou não"; pois ela tinha lido várias boas historinhas de crianças que se queimaram e foram comidas por feras selvagens e outras coisas desagradáveis, tudo porque elas não se lembravam das pequenas regras que seus amigos lhes tinham ensinado: tais como, que um atiçador incandescente vai queimar você se você o segurar por muito tempo; e que se você cortar seu dedo muito fundo com uma faca, geralmente sangra; e ela nunca esqueceu que, se você beber muito de uma garrafa marcada com 'veneno', é quase certo que você se dê mal, cedo ou tarde.
— È una parola, bevi! — Alice che era una bambina prudente, non volle bere. — Voglio vedere se c’è scritto: “Veleno” — disse, perché aveva letto molti raccontini intorno a fanciulli ch’erano stati arsi, e mangiati vivi da bestie feroci, e cose simili, e tutto perché non erano stati prudenti, e non s’erano ricordati degl’insegnamenti ricevuti in casa e a scuola; come per esempio, di non maneggiare le molle infocate perché scottano; di non maneggiare il coltello perché taglia e dalla ferita esce il sangue; e non aveva dimenticato quell’altro avvertimento: “Se tu bevi da una bottiglia che porta la scritta “Veleno”, prima o poi ti sentirai male.”
Entretanto, essa garrafa não estava marcada como "veneno", então Alice se arriscou a prová-la e, achando muito gostoso, (tinha, na verdade, um tipo de gosto misto de torta de cereja, creme, abacaxi, peru assado, caramelo e torrada com manteiga quente), ela logo terminou de beber.
Ma quell’ampolla non aveva l’iscrizione “Veleno”. Quindi Alice si arrischiò a berne un sorso. Era una bevanda deliziosa (aveva un sapore misto di torta di ciliegie, di crema, d’ananasso, di gallinaccio arrosto, di torrone, e di crostini imburrati) e la tracannò d’un fiato.
'Que sensação estranha!', disse Alice; —"Devo estar encolhendo como uma luneta".
— Che curiosa impressione! — disse Alice, — mi sembra di contrarmi come un cannocchiale!
E de fato estava. Agora ela tinha somente 25 centímetros de altura e o seu rosto iluminou-se com a idéia de que agora ela tinha o tamanho certo para passar pela portinha para aquele amável jardim. Contudo, primeiro ela esperou por alguns minutos para ver se iria diminuir ainda mais: ela se sentiu um pouco nervosa quanto a isso; — "Eu poderia acabar, você sabe", Alice disse para si mesma, —sumindo totalmente como uma vela. Como eu seria então?— E ela tentou imaginar como é a chama de uma vela depois que a vela se apaga, pois ela não conseguia se lembrar de já ter visto algo assim.
Proprio così. Ella non era più che d’una ventina di centimetri d’altezza, e il suo grazioso visino s’irradiò tutto pensando che finalmente ella era ridotta alla giusta statura per passar per quell’uscio, ed uscire in giardino. Prima attese qualche minuto per vedere se mai diventasse più piccola ancora. È vero che provò un certo sgomento di quella riduzione: — perché, chi sa, potrei rimpicciolire tanto da sparire come una candela, — si disse Alice. — E allora a chi somiglierei? — E cercò di farsi un’idea dell’apparenza della fiamma d’una candela spenta, perché non poteva nemmeno ricordarsi di non aver mai veduto niente di simile!
Após algum tempo, percebendo que nada mais aconteceu, ela decidiu ir ao jardim de uma vez; mas, ai da pobre Alice! Quando ela chegou à porta, descobriu que havia esquecido a chavinha dourada e quando voltou à mesa para apanhá-la, ela descobriu que não podia alcançá-la: podia vê-la muito bem através do vidro e fez o possível para escalar uma das pernas da mesa, mas ela era muito escorregadia; e quando se cansou de tentar, a pobre pequenina se sentou e começou a chorar.
Passò qualche momento, e poi vedendo che non le avveniva nient’altro, si preparò ad uscire in giardino. Ma, povera Alice, quando di fronte alla porticina si accorse di aver dimenticata la chiavetta d’oro, e quando corse al tavolo dove l’aveva lasciata, rilevò che non poteva più giungervi: vedeva chiaramente la chiave attraverso il cristallo, e si sforzò di arrampicarsi ad una delle gambe del tavolo, e di salirvi, ma era troppo sdrucciolevole. Dopo essersi chi sa quanto affaticata per vincere quella difficoltà, la poverina si sedette in terra e pianse.
"Vamos, é inútil chorar assim!", disse Alice para si mesma, um tanto severamente; —"Aconselho você a parar agora mesmo!" Ela geralmente dava a si mesmos bons conselhos, (embora muito raramente os seguisse), e às vezes se repreendia tão severamente que lágrimas escorriam pelos seus olhos; e uma vez ela se lembrava de ter tentado esbofetear suas próprias orelhas por ter trapaceado a si mesma em um jogo de críquete que estava jogando contra si mesma, pois essa curiosa criança gostava muito de fingir ser duas pessoas. "Mas é inútil agora," pensou a pobre Alice, "fingir ser duas pessoas! Afinal, dificilmente resta o bastante de mim para fazer uma pessoa respeitável!"
— Sì, ma che vale abbandonarsi al pianto! — si disse Alice. — Ti consiglio invece, cara mia, di finirla con quel piagnucolìo!
Di solito ella si dava dei buoni consigli (benchè raramente poi li seguisse), e a volte poi si rimproverava con tanta severità che ne piangeva. Si rammentò che una volta stava lì lì per schiaffeggiarsi, per aver rubato dei punti in una partita di croquet giocata contro sè stessa; perchè quella strana fanciulla si divertiva a credere di essere in due. “Ma ora è inutile voler credermi in due — pensò la povera Alice, — mi resta appena tanto da formare un’unica bambina.”
Logo seus olhos caíram sobre uma pequena caixa de vidro que estava debaixo da mesa: ela a abriu e achou dentro dela um bolo muito pequeno no qual as palavras "COMA-ME" estavam lindamente escritas em groselhas. — "Bom, eu vou comê-lo", disse Alice, "e se isso me fizer crescer, poderei alcançar a chave; e se me fizer encolher, posso deslizar por debaixo da porta; então de qualquer modo eu chegarei ao jardim e não me importo com o que aconteça!"
Ecco che vide sotto il tavolo una cassettina di cristallo. L’aprì e vi trovò un piccolo pasticcino, sul quale con uva di Corinto era scritto in bei caratteri “Mangia”. — Bene! mangerò, — si disse Alice, — e se mi farà crescere molto, giungerò ad afferrare la chiavetta, e se mi farà rimpicciolire mi insinuerò sotto l’uscio: in un modo o nell’altro arriverò nel giardino, e poi sarà quel che sarà!
Ela comeu um pedacinho e falou ansiosamente para si mesma, "Que caminho? Que caminho?", segurando a mão dela sobre o topo da cabeça para sentir se cresceria ou encolheria e ela ficou bastante surpresa ao perceber que permaneceu do mesmo tamanho: sem dúvidas, isso geralmente acontece quando alguém come um bolo, mas Alice ficou tão acostumada a só esperar coisas fora de o costume acontecerem, que pareceu tolo e estúpido a vida seguir como de costume.
Ne mangiò un pezzetto, e, mettendosi la mano in testa, esclamò ansiosa: “Ecco, ecco!” per avvertire il suo cambiamento; ma restò sorpresa nel vedersi della stessa statura. Certo avviene sempre così a quanti mangiano pasticcini; ma Alice s’era tanto abituata ad assistere a cose straordinarie, che le sembrava stupido che la vita si svolgesse in modo naturale.
Então ela voltou ao trabalho e logo terminou o bolo.
E tornò alla carica e in pochi istanti aveva mangiato tutto il pasticcino.