Alice no País das Maravilhas

Alice nel Paese delle meraviglie

   Capítulo XII

   XII

   O Depoimento de Alice

   La testimonianza di Alice

   "Aqui!" gritou Alice, quase se esquecendo no calor do momento o quanto havia crescido nos últimos minutos, e pulou numa pressa tal que derrubou a bancada dos jurados com a ponta de sua saia, derrubando todos os jurados de cabeça no público abaixo, e ali eles se esparramaram, lembrando-a do aquário do peixe dourado que havia acidentalmente derrubado uma semana antes.

   — Presente! — rispose Alice.

Dimenticando, nella confusione di quell’istante di esser cresciuta enormemente, saltò con tanta fretta che rovesciò col lembo della veste il banco de’ giurati, i quali capitombolarono con la testa in giù sulla folla, restando con le. gambe in aria. Questo le rammentò l’urtone dato la settimana prima a un globo di cristallo con i pesciolini d’oro.

   "Oh, peço perdão!" ela exclamou em um tom de grande medo, e começou a pegá-los novamente o mais rápido que podia, com o acidente do peixe dourado ainda em sua mente, e com a idéia de que deviam ser coletados imediatamente e colocados de volta na bancada de jurados ou eles morreriam.

   — Oh, vi prego di scusarmi! — ella esclamò con voce angosciata e cominciò a raccoglierli con molta sollecitudine, perchè invasa dall’idea dei pesciolini pensava di doverli prontamente raccogliere e rimettere sul loro banco se non li voleva far morire.

   "O julgamento não pode proceder", disse o Rei com uma voz bem grave, "até que todos os jurados estejam de volta em seus devidos lugares... todos", ele repetiu com uma grande ênfase, olhando com severidade para Alice enquanto dizia.

   — Il processo, — disse il Re con voce grave, — non può andare innanzi se tutti i giurati non saranno al loro posto... dico tutti, — soggiunse con energia, guardando fisso Alice.

   Alice olhou para a bancada de jurados e viu que, em sua pressa, havia colocado o Lagarto de cabeça para baixo, e o coitadinho estava balançando sua cauda de um jeito melancólico, quase não podendo se mover. Rapidamente ela o tirou, e colocou novamente do jeito certo; "não que isto signifique muito", disse a si mesma; "Acho que o aproveitamento dele no julgamento seria o mesmo um pouco mais acima do que o outro".

   Alice guardò il banco de’ giurati, e vide che nella fretta avea rimessa la lucertola a testa in giù. La poverina agitava melanconicamente la coda, non potendosi muovere. Subito la raddrizzò. "Non già perchè significhi qualche cosa, — disse fra sè, — perchè ne la testa nè la coda gioveranno al processo."

   Assim que os jurados havia se recuperado do choque de terem sido derrubados, e suas louças e gizes haviam sido encontrados e entregues, eles começaram a trabalhar de modo diligente a escrever sobre a história do acidente, exceto a parte do Lagarto, o qual parecia muito cansado para fazer qualquer coisa além de sentar com sua boca aberta, encarando o teto da corte.

   Appena i giurati si furono rimessi dalla caduta e riebbero in consegna le lavagne e le matite, si misero a scarabocchiare con molta ansia la storia del loro ruzzolone, tranne la lucertola, che era ancora stordita e sedeva a bocca spalancata, guardando il soffitto.

   "O que você sabe sobre este negócio?" o Rei disse a Alice.

   — Che cosa sai di quest’affare? — domandò il Re ad Alice.

   "Nada", disse Alice.

   — Niente, — rispose Alice.

   "Absolutamente nada?" insistiu o Rei.

   — Proprio niente? — replicò il Re.

   "Absolutamente nada", disse Alice.

   — Proprio niente, — soggiunse Alice.

   "Isto é muito importante", o Rei disse, virando-se para o júri. Eles estavam começando a escrever em suas lousas quando o Coelho Branco interrompeu: "Desimportante, Vossa Majestade quis dizer, é claro", ele disse em um tom respeitoso, mas franzindo a testa e fazendo careta para ele conforme falava.

   — È molto significante, — disse il Re, volgendosi ai giurati.

Essi si accingevano a scrivere sulle lavagne, quando il Coniglio bianco li interruppe:

— Insignificante, intende certamente vostra Maestà, — disse con voce rispettosa, ma aggrottando le ciglia e facendo una smorfia mentre parlava.

   "Desimportante, é claro", o Rei apressadamente disse, e continuou para si em voz baixa, "importante... desimportante... desimportante... importante..." como se tivesse testando qual palavra tinha um som melhor.

   — Insignificante, già, è quello che intendevo — soggiunse in fretta il Re; e poi si mise a dire a bassa voce: "significante, insignificante, significante..." — come se volesse provare quale delle due parole sonasse meglio.

   Alguns jurados escreveram "importante", e alguns "desimportante". Alice podia ver isto, à medida que estava próxima o suficiente das pranchetas deles; "mas isto não importa nem um pouco", pensou consigo mesma.

   Alcuni dei giurati scrissero "significante", altri "insignificante."

Alice potè vedere perchè era vicina, e poteva sbirciare sulle lavagne: "Ma non importa", pensò.

   Neste momento o Rei, que estava por algum tempo ocupado escrevendo em seu caderno, gritou "Silêncio!" e leu de seu caderno, "Regra Quarenta e dois. Todas as pessoas com mais de uma milha de altura devem deixar a corte."

   Allora il Re, che era stato occupatissimo a scrivere nel suo taccuino, gridò: — Silenzio! — e lesse dal suo libriccino: "Norma quarantaduesima: — Ogni persona, la cui altezza supera il miglio deve uscire dal tribunale." Tutti guardarono Alice.

   Todos olharam para Alice.

   — Io non sono alta un miglio, — disse Alice.

   "Eu não tenho uma milha de altura", disse Alice.

   — Sì che lo sei, — rispose il Re.

   "Você tem", disse o Rei.

   — Quasi due miglia d’altezza, — aggiunse la Regina.

   "Quase duas milhas de altura", acrescentou a Rainha.

   — Ebbene non m’importa, ma non andrò via, — disse Alice. — Inoltre quella è una norma nuova; l’avete inventata or ora.

   "Bem, não irei, de modo algum", disse Alice: "Além disto, esta não é uma regra regular: você inventou agora".

   — Che! è la più vecchia norma del libro! — rispose il Re.

   "É a regra mais antiga no livro", o Rei disse.

   — Allora dovrebbe essere la prima, — disse Alice.

   "Então devia ser a Número Um", disse Alice.

   Allora il Re diventò pallido e chiuse in fretta il libriccino.

   O Rei ficou pálido, e fechou o caderno rapidamente. "Considerem seu veredito", disse aos jurados, com uma voz trêmula e baixa.

   — Ponderate il vostro verdetto, — disse volgendosi ai giurati, ma con voce sommessa e tremante.

   "Existem mais evidências ainda para vir, por favor, Vossa Majestade", disse o Coelho Branco, pulando com pressa; "este papel acabou de ser apanhado".

   — Maestà, vi sono altre testimonianze, — disse il Coniglio bianco balzando in piedi. — Giusto adesso abbiamo trovato questo foglio.

   "O que tem nele?" disse a Rainha.

   — Che contiene? — domandò la Regina

   "Ainda não abri", disse o Coelho Branco, "mas parece ser uma carta, escrita por um prisioneiro para... para alguém".

   Non l’ho aperto ancora, disse il Coniglio bianco; — ma sembra una lettera scritta dal prigioniero a... a qualcuno.

   "Deve ter sido isto", disse o Rei, "exceto se foi escrita para ninguém, o que não é usual, sabe".

   — Dev’essere così — disse il Re, — salvo che non sia stata scritta a nessuno, il che generalmente non avviene.

   "Para quem é endereçada?" disse um dos jurados.

   — A chi è indirizzata — domandò uno dei giurati.

   "Não está endereçada", disse o Coelho Branco; "de fato, não há nada escrito do lado de fora". Ele desdobrou o papel conforme falava e acrescentou "não é uma carta, de todo modo: é um conjunto de versos".

   — Non ha indirizzo, — disse il Coniglio bianco, — infatti non c’è scritto nulla al di fuori. — E aprì il foglio mentre parlava, e soggiunse: — Dopo tutto, non è una lettera; è una filastrocca in versi.

   "Estão com a caligrafia do prisioneiro?" perguntou outro jurado.

   — Sono di mano del prigioniero? — domandò un giurato.

   "Não, não estão" disse o Coelho Branco, "e isto é a coisa mais esquisita sobre". (Os jurados se olharam intrigados.)

   — No, no, —rispose Il Coniglio bianco, questo è ancora più strano. (I giurati si guardarono confusi.)

   "Ele deve ter imitando a letra de outra pessoa", disse o Rei. (O júri todo se iluminou novamente.)

   — Forse ha imitato la scrittura di qualcun altro, — disse il Re.(I giurati si schiarirono.)

   "Por favor, Vossa Majestade", disse o Valete, "Eu não escrevi, e eles não podem provar: não há nome assinado no final".

   — Maestà, — disse il Fante, — io non li ho scritti, e nessuno potrebbe provare il contrario. E poi non c’è alcuna firma in fondo.

   "Se você não assinou", disse o Rei, "isto apenas deixa as coisas piores. Você deve ter feito alguma má fé, ou teria assinado seu nome como um homem honesto".

   — Il non aver firmato, — rispose il Re, non fa che aggravare il tuo delitto. Tu miravi certamente a un reato; se no, avresti lealmente firmato il foglio.

   Houve uma aclamação geral neste ponto: foi a primeira coisa inteligente que o Rei disse naquele dia.

   Vi fu un applauso generale, e a ragione, perchè quella era la prima frase di spirito detta dal Re in quel giorno.

   "Isto prova sua culpa", disse a Rainha.

   — Questo prova la sua colpa, — affermò la Regina.

   "Não prova coisa nenhuma!" disse a Alice. "Porque, você nem sabe do que se trata!"

   — Non prova niente, — disse Alice. — Ma se non sai neppure ciò che contiene il foglio!

   "Leia a carta", disse o Rei.

   — Leggilo! — disse il re.

   O Coelho Branco colocou seus óculos. "Por onde devo começar Vossa Majestade?" ele perguntou.

   Il Coniglio bianco si mise gli occhiali e domandò: — Maestà, di grazia, di dove debbo incominciare ?

   "Comece pelo começo", o Rei respondeu rapidamente, "e continue até você chegar ao final: então pare".

   — Comincia dal principio, — disse il Re solennemente... — e continua fino alla fine, poi fermati.

   Estes foram os versos que o Coelho Branco leu:

   Or questi erano i versi che il Coniglio bianco lesse:

Eles me contaram que você tem sido para ela,
   e me mencionaram para ele:
 Ela me deu um bom sinal,
   mas disse que eu não podia nadar.

"Mi disse che da lei te n’eri andato,
 ed a lui mi volesti rammentar;
 lei poi mi diede il mio certificato
 dicendomi: ma tu non sai nuotar.

Ele enviou uma sentença de que eu não tinha ido
   (Nós sabemos ser verdade):
 Se ela pudesse prosseguir com o assunto,
   o que teria sido de você?

Egli poi disse che non ero andato
 (e non si può negar, chi non lo sa?)
 e se il negozio sarà maturato,
 oh dimmi allor di te che mai sarà?

Dei a ela um, eles deram dois,
   nós demos três ou mais;
 Todas elas voltaram dele para você,
   embora elas fossem minhas antes.

Una a lei diedi, ed essi due le diero,
 tu me ne desti tre, fors’anche più;
 ma tutte si rinvennero, — o mistero!
 ed eran tutte mie, non lo sai tu?

Se eu ou ela tivéssemos a chance de
   ser envolvidos nestes assuntos,
 ele confiaria a você libertá-los,
   exatamente como nós fomos.

Se lei ed io per caso in questo affare
 misterioso involti ci vedrem,
 egli ha fiducia d’esser liberato
 e con noi stare finalmente insiem.

Minha noção foi que você tem sido
   (depois dela ter esta forma)
 um obstáculo que veio entre ele,
   e nós, e ele.

Ho questa idea che prima dell’accesso,
 (già tu sai che un accesso la colpì),
 un ostacol per lui, per noi, per esso
 fosti tu solo in quel fatale dì.

Não deixe saber que ela gostava deles,
   pois isto deve sempre ser um segredo,
 mantido de todos os outros,
   entre você e eu.

Ch’egli non sappia chi lei predilige
 (il segreto bisogna mantener);
 sia segreto per tutti, chè qui vige
 la impenetrabile legge del mister."

   "Esta é a mais importante evidência que já ouvimos", disse o Rei, esfregando as mãos; "então vamos deixar o júri..."

   — Questo è il più importante documento di accusa, — disse il Re stropicciandosi le mani; — ora i giurati si preparino.

   "Se algum deles puder explicar", disse Alice, (ela tinha crescido tanto nos últimos minutos que não tinha nem um pouco de medo de interrompê-lo,) "Eu darei a ele seis pences. Eu não acredito que existe um átomo de significado nisto".

   — Se qualcuno potesse spiegarmelo, — disse Alice (la quale era talmente cresciuta in quegli ultimi minuti che non aveva più paura d’interrompere il Re) — gli darei mezza lira. Non credo che ci sia in esso neppure un atomo di buon senso.

   Todo o júri escreveu em suas lousas, "Ela não acredita que exista um átomo de significado nisto", mas nenhum deles tentou explicar o papel.

   I giurati scrissero tutti sulla lavagna: "Ella non crede che vi sia in esso neppure un atomo di buon senso". Ma nessuno cercò di spiegare il significato del foglio.

   "Se não tem significado", disse o Rei, "isto poupa muitos problemas, sabe, pois nós não tentamos encontrar nenhum. E ainda não sei", ele continuou, estendendo os versos em seus joelhos e olhando com um olho; "Parece que vejo algum significado nele, apesar de tudo. '...Disse que eu não posso nadar...' você não pode nadar, pode?" ele acrescentou virando-se para o Valete.

   — Se non c’è un significato, — disse il Re, — noi usciamo da un monte di fastidi, perchè non è necessario trovarvelo. E pure non so, — continuò aprendo il foglio sulle ginocchia e sbirciandolo, — ma mi pare di scoprirvi un significato, dopo tutto... "Disse... non sai mica nuotar." Tu non sai nuotare, non è vero? — continuò volgendosi al Fante.

   O Valete balançou a cabeça com tristeza. "Parece que consigo?" disse ele. (O que certamente não conseguia, sendo feito completamente de papelão.)

   Il Fante scosse tristemente la testa e disse: — Vi pare che io possa nuotare? (E certamente, no, perchè era interamente di cartone).

   "Tudo certo, até agora", disse o Rei, e continuou murmurando os versos para si mesmo: "'Nós sabemos ser verdade...' que é o júri, é claro...'Dei a ela um, eles deram dois...' o que deve ser o que ele fez com as tortas, sabe..."

   — Bene, fin qui,—, disse il Re, e continuò: — "E questo è il vero, e ognun di noi io sa." Questo è senza dubbio per i giurati. — "Una a lei diedi, ed essi due gli diero." — Questo spiega l’uso fatto delle torte, capisci...

   "Mas continua com 'Elas retornaram todas para você'", disse Alice.

   Ma, — disse Alice, — continua con le parole: "Ma tutte si rinvennero."

   "Bem, aqui estão elas!" disse o Rei triunfando, apontando para as tortas sobre a mesa. "Nada pode ser mais claro do que isto. Por outro lado...'antes ela tinha forma...' você nunca teve forma, minha querida, não é? ele disse para a Rainha.

   — Già, esse son la, —disse il Re con un’aria di trionfo, indicando le torte sul tavolo. — Nulla di più chiaro. Continua:"Già tu sai che un accesso la colpì",— tu non hai mai avuto degli attacchi nervosi, cara mia, non è vero?— soggiunse volgendosi alla Regina.

   "Nunca!" disse a Rainha furiosamente, atirando um tinteiro no Lagarto enquanto falava. (O infeliz era o pequeno Bill que tinha deixado de escrever na lousa com o dedo, quando descobriu que não deixava marca; mas agora havia começado novamente, usando a tinta que estava escorrendo de sua face, enquanto durava.)

   — Mai! — gridò furiosa la Regina, e scaraventò un calamaio sulla testa della lucertola. (Il povero Guglielmo! aveva cessato di scrivere sulla lavagna col dito, perchè s’era accorto che non ne rimaneva traccia; e in quell’istante si rimise sollecitamente all’opera, usando l’inchiostro che gli scorreva sulla faccia, e l’usò finche ne ebbe.)

   "Então as palavras não formam você", disse o Rei, olhando em volta da corte com um sorriso. Houve um silêncio fúnebre.

   — Dunque a te questo verso non si attacca, — disse il Re, guardando con un sorriso il tribunale. E vi fu gran silenzio.

   "É um trocadilho!" o Rei acrescentou em um tom ofendido, e todos riram, "Deixem o júri considerar o veredito," disse o Rei, pela vigésima vez naquele dia.

   È un bisticcio — soggiunse il Re con voce irata, e tutti allora risero. — Che i giurati ponderino il loro verdetto — ripetè il Re, forse per la ventesima volta quel giorno.

   "Não, não!" disse a Rainha. "Sentença, primeiro... veredito, depois."

   — No, disse la Regina. — Prima la sentenza, poi il verdetto.

   "Idéia sem lógica!" disse Alice em voz alta. "A idéia de ter uma sentença primeiro!"

   — È una stupidità — esclamò Alice. — Che idea d’aver prima la sentenza!

   "Segure sua língua!" disse a Rainha ficando roxa.

   — Taci! — gridò la Regina, tutta di porpora in viso.

   "Não!" disse Alice.

   — Ma che tacere! — disse Alice.

   "Cortem a cabeça!" a Rainha gritou com toda a sua voz. Ninguém se moveu.

   — Tagliatele la testa! urlò la Regina con quanta voce aveva. Ma nessuno si mosse.

   "Quem liga para você?" disse Alice, (que havia crescido para seu tamanho normal neste momento.) "Vocês não são nada além de um baralho de cartas!"

   — Chi si cura di te? — disse Alice, (allora era cresciuta fino alla sua statura naturale.); — Tu non sei che la Regina d’un mazzo di carte.

   Neste momento todo o baralho subiu pelo ar, e veio voando sobre ela: ela deu um pequeno grito, metade de medo e metade de raiva, e tentou batê-los, e se encontrou deitada num banco com a cabeça no colo de sua irmã, o qual gentilmente removia com uma escova algumas folhas mortas que haviam caído da árvore em seu rosto.

   A queste parole tutto il mazzo si sollevò in aria vorticosamente e poi si rovesciò sulla fanciulla: essa diede uno strillo di paura e d’ira, e cercò di respingerlo da sè, ma si trovò sul poggio, col capo sulle ginocchia di sua sorella, la quale le toglieva con molta delicatezza alcune foglie secche che le erano cadute sul viso.

   "Acorde, querida Alice!", disse sua irmã; "Bem, que longo cochilo você teve!"

   — Risvegliati, Alice cara,— le disse la sorella, — da quanto tempo dormi, cara!

   "Oh, eu tive um sonho curioso!" disse Alice, e contou para a irmã tão bem quanto podia se lembrar, todas as estranhas aventuras dela que você acabou de ler e quando tinha terminado sua irmã a beijou, e disse, "Foi um sonho certamente curioso, minha querida: mas agora corra para o seu chá; está ficando tarde." Então Alice levantou e correu, pensando enquanto corria, tão bem quanto podia, do belo sonho que havia tido.

   — Oh! ho avuto un sogno così curioso! — disse Alice, e raccontò alla sorella come meglio potè, tutte le strane avventure che avete lette; e quando finì, la sorella la baciò e le disse:

— È stato davvero un sogno curioso, cara ma ora, va subito a prendere il tè; è già tardi. — E così Alice si levò; e andò via, pensando, mentre correva, al suo sogno meraviglioso.

   Mas a irmã sentou ainda assim que ela tinha levantando, inclinando suas mãos, vendo o pôr-do-sol e pensando na pequena Alice e todas suas maravilhosas aventuras, até que começou a sonhar de certa forma, e este foi o sonho dela:...

   Sua sorella rimase colà con la testa sulla palma, tutta intenta a guardare il sole al tramonto, pensando alla piccola Alice, e alle sue avventure meravigliose finchè anche lei si mise a sognare, e fece un sogno simile a questo:

   Primeiro, ela sonhou com a própria pequena Alice, e mais uma vez suas pequenas mãos que estavam presas sobre o joelho, e os olhos ávidos e brilhantes levantou os delas... ela podia ouvir cada tom de sua voz, e prender o pequeno arranjo de cabeça atrás dos cabelos soltos que sempre caiam em seus olhos... e ainda enquanto ela lia, ou parecia ouvir, todo o lugar em volta tornou-se as estranhas criaturas do sonho da irmã pequena.

   Prima di tutto sognò la piccola, Alice, con le sue manine delicate congiunte sulle ginocchia di lei e coi grandi occhioni lucenti fissi in lei. Le sembrava di sentire il vero suono della sua voce, e di vedere quella caratteristica mossa della sua testolina quando rigettava indietro i capelli che volevano velarle gli occhi. Mentre ella era tutta intenta ad ascoltare, o sembrava che ascoltasse, tutto il. luogo d’intorno si popolò delle strane creature del sogno di sua sorella.

   O longo gramado farfalhou em seus pés enquanto o Coelho Branco corria... o rato assustado respingou seu caminho dentro da piscina próxima... ela podia ouvir a agitação das xícaras da Lebre de Março e seus amigos dividindo a interminável refeição e o porco-bebê espirrando no joelho da duquesa, enquanto pratos e louças se quebravam em volta... mais uma vez o grito do Grifo, o grunhido da lousa do Lagarto, e a chocante supressão dos porquinhos da Índia, ar cheio, misturada com os distantes soluços da Tartaruga Falsa.

   L’erba rigogliosa stormiva ai suoi piedi, mentre il Coniglio passava trotterellando e il Topo impaurito s’apriva a nuoto una via attraverso lo stagno vicino. Ella poteva sentire il rumore delle tazze mentre la Lepre di Marzo e gli amici suoi partecipavano al pasto perpetuo; udiva la stridula voce della Regina che mandava i suoi invitati a morte. Ancora una volta il bimbo Porcellino starnutiva sulle ginocchia della Duchessa, mentre i tondi e i piatti volavano e s’infrangevano d’intorno e l’urlo del Grifone, lo stridore della matita della Lucertola sulla lavagna, la repressione dei Porcellini d’India riempivano l’aria misti ai singhiozzi lontani della Falsa-testuggine.

   Então ela se sentou, com os olhos fechados, e metade dela acreditou no País das Maravilhas, embora soubesse que tinha que abrir novamente, e todo iria mudar para a tediosa realidade...a grama seria apenas o farfalhar do vento, e a piscina ondulando juntos... o barulho das xícaras iria mudar para o tilintar dos sinos de carneiros, e o grito penetrante da Rainha a voz do jovem pastor... e o espirro do bebê, o grito do Grifo e todos os outros barulhos esquisitos iriam mudar (ela sabia) para o clamor confuso do ocupado jardim da fazenda... enquanto o mugido da vaca ao longe seria os soluços da Tartaruga Falsa.

   Si sedette, con gli occhi a metà velati e quasi si credè davvero nel Paese delle Meraviglie; benchè sapesse che aprendo gli occhi tutto si sarebbe mutato nella triste realtà. Avrebbe sentito l’erba stormire al soffiar del vento, avrebbe veduto lo stagno incresparsi all’ondeggiare delle canne. L’acciottolio, delle tazze si sarebbe mutato nel tintinnio della campana delle pecore, e la stridula voce della Regina nella voce del pastorello, e gli starnuti del bimbo, l’urlo del Grifone e tutti gli altri curiosi rumori si sarebbero mutati (lei lo sapeva) nel rumore confuso d’una fattoria, e il muggito lontano degli armenti avrebbe sostituito i profondi singhiozzi della Falsa-testuggine.

   Por fim, ela imaginou para si como esta mesma irmãzinha dela iria, após um tempo, ser como ela uma mulher adulta; e como ela iria manter, através de todos os seus anos, o simples e apaixonado coração de sua infância: e como ela iria se reunir perto dela outras crianças pequenas e fazer seus olhos brilhantes e ávidos com muitos contos esquisitos, talvez até com o sonho do País das Maravilhas a muito tempo: e como ela iria se sentir com todas as simples mágoas, e encontrar satisfação em todas as coisas simples, lembrando de seu próprio verão na infância, e o os felizes dias de verão.

   Finalmente essa immaginò come sarebbe stata la sorellina già cresciuta e diventata donna: Alice avrebbe conservato nei suoi anni maturi il cuore affettuoso e semplice dell’infanzia e avrebbe raccolto intorno a sè altre fanciulle e avrebbe fatto loro risplendere gli occhi, beandole con molte strane storielle e forse ancora col suo sogno di un tempo: le sue avventure nel Paese delle Meraviglie. Con quanta tenerezza avrebbe ella stessa partecipato alle loro innocenti afflizioni, e con quanta gioia alle loro gioie, riandando i beati giorni della infanzia e le felici giornate estive!

   FINE

Text from wikisource.org
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Narration by Silvia Cecchini